terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

lhes dou uma parábola. Vocês podem fazer a leitura dela da maneira que achar ser a correta para seu
crescimento neste momento: Havia dois fazendeiros. Ambos tinham sua plantação própria, da qual cuidavam por
conta própria, sem ajuda de outros. Mas despendiam todo o seu tempo trabalhando nelas. Os dois fazendeiros eram
humanos espiritualizados, e honravam a terra apropriadamente. Isso criava uma boa parceria com a Terra, e eram
premiados com boas colheitas cada ano, que lhes garantiam seu sustento e o de suas famílias. Uma parte de suas
plantações era para uso próprio e a outra era vendida no mercado para prover o sustento de suas famílias. Eles
tinham boas vidas.
Um dia um humano apareceu em seus campos, dizendo trazer uma mensagem de Deus. Ambos os fazendeiros
ficaram interessados e escutaram com atenção a mensagem: O mensageiro lhes disse que eram ternamente amados,
e que através de seu trabalho eles adquiriram o poder de aumentar suas colheitas em dez vezes! Isso era o presente
deles, e eles tinham o poder dentro de si para realizá-lo. Para ativar o novo poder, tudo o que tinham a fazer era
erradicar a velha plantação que crescia nos campos. Deviam tombá-las completamente com o arado, sem deixar
nada em pé. Depois deviam procurar nas raízes parasitas e fungos e acabar com toda a impureza encontrada.
Quando acabassem de fazer isso, deveriam semear imediatamente. Antecipando seu poder, o mensageiro lhes disse
que Deus estava modificando as estações, trazendo mais sol e mais chuva quando fosse apropriado, e protegendo-os
da seca... verdadeiramente reorganizando os componentes da agricultura como os conheciam até então, de maneira a
permitir que utilizassem sua nova dádiva.
Era a época do ano em que a colheita do plantio estava praticamente a mão. Ambos os fazendeiros tinham suas
plantas já altas prontas para o corte e para a venda no mercado, dando-lhes assim o sustento para um ano inteiro e
permitindo-lhes a compra de sementes para o plantio no ano seguinte. Ambos os fazendeiros estavam hesitantes
quanto a destruir sua plantação, e perder sua segurança para a futura estação de plantio.
Afinal, o que haveria de mal em colher, usando seus poderes mais tarde? Esta área de plantio embora já tivesse sido
bastante utilizada, estava com a plantação praticamente pronta para o corte, e tornar a semear agora não seria nada
bom nesta época do ano. Qualquer fazendeiro sabia que as sementes não cresceriam nesta época.
O primeiro fazendeiro consultou a família sobre a mensagem, e lhes pediu conselho. Após refletir sobre o que
ouvira do mensageiro, ele e sua família acharam que Deus não iria querer lhes fazer mal, ele então destruiu sua
plantação pronta para o corte como lhe tinha sido dito para fazer, e a botou completamente abaixo. Examinou as
impurezas do solo, retirando-as cuidadosamente, e imediatamente semeou seus campos.
O segundo fazendeiro não acreditou no mensageiro, e preparou-se para a colheita como sempre fazia.
Logo depois, vieram as chuvas. Isso chocou os dois fazendeiros grandemente porque nunca antes a chuva tinha
caído naquela época do ano. Ela molhou as sementes nos campos do primeiro fazendeiro, e inundou a plantação, a
ponto de corte, do segundo. Então veio o vento, quando nunca antes havia acontecido. A plantação do primeiro
começava a crescer de maneira que o vento não lhe causou dano. O que tinha restado da plantação inundada do
segundo foi arrancado pelos ventos.
Assim foi que as plantas do primeiro fazendeiro cresceram numa quantidade e altura nunca sonhadas e ele
regozijou-se em seu novo poder de criar uma plantação abundante... exatamente como o mensageiro havia predito.
O segundo fazendeiro perdeu sua plantação, e teve que esperar o momento para se alinhar as novas estações e
novamente plantar suas sementes, sentindo-se ansioso e incerto com as novas estações não mapeadas.
Meus queridos, que bagagem velha é essa que vocês carregam na nova energia que os mantêm a parte de seu
novo poder? Alcance-as no meio de seu medo e retirem para fora seu prêmio... e sigam em frente com sua vida. É a
hora.
E assim é.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Remédio pra dor

Nas frestas, nas reentrâncias e nos cafofos,
 esconde-se a poesia.
Nos mares, alamedas e ares
ela passeia.
Nas pequenas notas, perdidas em recitais de formatura, também é possível ouvi-la, muda.
Mas é principalmente na substância dos chiclés, grudados sabe-se lá em que banco velho de praça,
 segundos antes dela deixar-se beijar pela última vez que ela é mais viva.
Mas para que poesia? Jamais saberemos.
Mas guarde-se alguma:
só para quando faltarem palavras.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Conjuminar

o silêncio dos bons, não o grito dos maus, é o que me dá medo:
 agir mentalmente, social/mente, mudar a mente e ser mudança a cada instante: Cidadão ensinante, Cidadão aprendente: Espirituais...mentes

com e em  M.L. King

cântico

existo apenas enquanto vivo na presença da ilusão impermanente de meu trabalho no tempo

domingo, 13 de julho de 2014

...não vai dar tempo, nem contratempo, nem síncope...

..."É bom lembrar que tempo não existe em nenhuma dimensão! O tempo é tão-somente um artefato produzido por nossa mente consciente. Tal qual quando se compra um livro, toda a história já está nele contida, mas ao lê-lo, criamos uma impressão de seqüência temporal que simplesmente não existe. Sendo assim, o que chamamos de "presente", "passado" e "futuro" já existe dentro de nós, tal qual um livro já traz em si todas as suas páginas. Em qualquer dimensão da existência essa não-realidade do tempo é a mesma. Para piorar, sabemos que mesmo esse tempo psicologicamente gerado não é linear como supõe nossa atual ciência, mas é antes circular e multifacetado, como já o percebem os físicos teóricos mais libertos dos raciocínios viciosos. O futuro e o passado são exatamente a mesma realidade, tão imediata quanto o presente."...

guitarra al aire

no silêncio me desaprisiono do movimento sem fim. e recupero o poder da ação
Extraído de "O MELHOR GUITARRISTA DO MUNDO
Manual Prático do Guitarrista Teórico (Entre Outras Mentiras)"

A guitarra e o guitarrista se confundem, se fundem e se misturam. Strato Clapton, Slash Les Paul, Randy Rhoads Randy Rhoads...
Suas imagens somadas alçam vôo no imaginário romântico e elitizado dos fans de música, de guitarra, e da música de guitarrista. Poucos instrumentos e instrumentistas habitam um olimpo tão cultuado como o da guitarra em nossa cultura pop/ocidental messiânica de mercado. Competimos com o cantor, o super violonista, o sax, o super baterista de metal...
Tradicionalmente o guitarrista encarna (ou re-encarna) o virtuosismo dos instrumentos “difíceis”. E existe instrumento fácil? A vida não é fácil. Músicos de orquestra e seus instrumentos que demandam horas de prática e uma vida dedicada à formação musical, como o violino, o piano, a percussão sinfônica. Instrumentos que possuem sua respectiva (grande) música de concerto que sempre exige alta performance e graduações acadêmicas diversas.
E a guitarra é um símbolo do novo e ousado ainda? Não sei, mas jogos virtuais de explodir notas coloridas ao ritmo de “clássicos do rock” podem manter músicos de quarto ocupados praticando seus scores tanto quanto guitarristas de verdade praticando escalas para pagar contas. Por amor a arte.
A guitarra é um ícone? Uma paixão? Uma afirmação filosófica? Um baita negócio? A guitarra já nasceu imortal; divide com o violino Paganínico e o Jazz de todas as eras o altar dos mestres da música individual. Lobo solitário ou integrante de uma (ou mais) bandas o Guitar Hero fala alto, e rápido. Uma velha facção preconceituosa da música escrevível dizia que era fácil fazer um guitarrista tocar devagar: basta colocar uma folha de pauta na frente dele... e que para fazê-lo parar de tocar totalmente bastaria escrever um pouco de música na tal pauta. Que injustiça. que preconceito. Que ciumeira, hehe.
Pra que ler se é mais fácil tocar e fazer sucesso? Gente,
tem gente que nasceu pra estudar, tem gente que nasceu pra tocar. E tem gente que estuda o que toca pra outros escreverem depois. Na história. Jimmy who?
As cordas elétricas difundiram-se pelo ar, pela terra, pelo vácuo. Seja por tradição “oral”, tablaturas de todas as eras ou influências inpiradoras gravadas em mídias que datam da invenção da própria guitarra ou de antes. A guitarra elétrica de George Harrison travou sua última disputa com la guitarra classica de Andrés Segovia em uma outra era. Una era que no és mas posible.
No entanto, neste exato momento, um garoto (a) Asiático prepara-se para tomar de assalto o you tube com mais uma performance Mozartiana digna de compartilhamento. Pois tocar guitarra não é fácil... Ou é?
O Composer Hero de hoje talvez tenha uma desvantagem Freudiana no mercado das vaidades musicais: enquanto o pensar a música é uma qualidade aparentemente menos braçal que tocar um instrumento fálico e eletrizante lembremos que o próprio Freud já dizia: “Às vezes um charuto é apenas um charuto”.
E enquanto você lia isso ao invés de praticar guitarra, John Willians percebeu por su lavoro mental mais um quarto de milhão de doláres... sem precisar sequer afinar uma guitarra.
Que sem graça não?