segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desaprender

que a vida é ganhar
ser o primeiro
que somos máquinas de resultado e produção
que precisamos de tralhas e mais tralhas de que não precisamos para sermos felizes com nossas novas tralhas
quando comparados aos infelizes que não conseguiram comprar
tralhas novas suficientes
e vamos comer cartão de crédito, respirar perfume frances, beber à
infelicidade de não saber mais chorar de amor, de nunca podermos errar.

desaprender a escrever com maiúculas acentos parágrafo, kkk, shuas e carinhas :-{
desaprender viver no passado ou no futuro, e o presente... do que eu estava falando mesmo?
que preciso de um troço que na embalagem vem escrito Morte
que se chupa tal chupeta mórbida e venenosa
que se joga depois no chão, na grama, num buraquinho qualquer sem sequer um obrigado,
um enterro digno, um adeus ao bastãozinho cancerígeno que nos deu tanto prazer, por 5 minutos a menos de vida perdida..
Num segundo suga-se e descarta-se em público a droga sócia do governo, IPI recolhido e direito garantido a cada cidadão o uso, porte e consumo público e ostensivo, que se vende num stand luminoso lindo colorido, onde se lê: O Ministério da Saúde Se Diverte: Adquira a Morte em maço, box, drágeas, adesivos ou supositórios. Na sequência dos fatos seguem os 8 milhões anuais de heróis morrendo, ativa ou passivamente na fumaça do raro prazer.
O orgulho da morte nas ruas da city está na pose de cowboy american, de homenzinho feito, patético, letárgico, dinossauro extinto rastejando sem fôlego pelas ruas jungle de Axel, reminiscência pixelada de um comercial Hollywoodiano dos anos 80, ao som de Whitesnake ou Journey.
Ao Sucesso! Fumaceira mortal, social, enfartal, enfizemal, canceral e... legal! 8 milhões
A droga cancerígena para  todos, impostos recolhidos, tudo certo, liberado, para ser lambida, chupada, mamada em praça pública pelos zumbis engravatados ou não, e por suas crianças passivas no colo ou de mãos dadas com a morte nos lábios dos pais.
Orgulhosos de sua parceria "corajosa e heróica" são os pobres seres que vivem a morte. As mulheres tabagistas ó nos anos 1930 "conquistaram" esse "direito", em se igualando aos "homens" baforar sua morte na rua com a mesma pose de gatinho amiguinhos! história e conquista na igualdade. O que as crianças podem aprender conosco irmãozinhos?
depois de 3 minutos de prazer tático, preguiçoso e suicida
garantindo a médio longo prazo de doença e arrependimento ridículo, a coisinha fumada é jogada no chão e pisoteada: adeus meu objeto prazer, Acabou. Agora você é não tem mais utilidade: antes eu te lambia, agora te cuspo. Te esqueço. Relacionamentos a parte qualquer coincidência é mera triste semelhança. é um prazer. te ter. é um prazer me livrar de ti. Consumos e usos do "enquanto está bom pra mim." Mas o vício em nossa Terrinha é ainda um compromisso mais duradouro, uma doença mais difícil de curar que as inseguranças públicas das alianças no dedo e dos relacionamentos sérios no fb.
 Triste é precisar entre tantas merdas pra ser feliz, merdas que te matam. De alianças e contratos para o amar, de guerras para negociar a... paz. E para aguentar tudo isso consumir e consumir-se porcamente, nadar em milhões de bitucas vomitadas no chão diariamente.


Pois não gostamos das nossas vidas breves, pobres e sem sentido?
 Pois somos adultos e a vida e morte é nossa escolha?
Pelo menos como estragar com a minha vida triste eu posso decidir! esse controle eu tenho!
Grandes adultos nos tornamos caros professores, devemos um comportamento público um pouco menos infantil às crianças que trazemos a cada dia para cá. Pois são os exemplos que damos na rua que ensinam. O lugar público, o ar público: droga é na sua casa, não na rua. A rua é o lugar onde as pessoas precisam respirar para trabalhar. A sua casa é o lugar onde podes cometer e acender suas irresponsabilidades longe da vergonha do olhar do outro, e melhor, longe dos pulmões dos milhões de fumantes passivos que não pediram pra fumar a sua droga na parada de ônibus, na calçada, na entrada do shopping.Viciado cidadão; irmãozinho, conscientiza: você não é mais criança, tire a droga da rua.



Enquanto os maconheiros do cigarrinho podre se orgulham de estar morrendo dentro dos conformes da lei, os maconheiros se escondem, ainda não incluídos entre os honestos trabalhadores, com seu passatempo depois do cafezinho e da cervejinha. O baseadinho ainda é motivo de guerra  e de votos nas eleições. Para eleger seus carrascos e protetores. Importâncias e prioridades dos líderes da Terra.
Vergonha.
vergonha de ver velhos podres e seus podres Marboros
 apodrecendo por dentro e por fora o mundo
 enquanto os blindados do Exército Brasileiro perseguem a maconha no morro. Mas com um cigarrinho na boca capitão. Maconha. E guerra contra a maconha. Essas outras grande ações do governo brasilis. Usar umas e combater outras. Droga? A culpa da droga é do usuário! Sem ele, o que seria dela?
 Azar. E. mais uma cervejinha então pra aguentar.

Desaprender a amar o amor romantico do casal da novela.
que vem fazendo estragos desde romeu e julieta
 negociações sexuais
medievais. possessionais, sasionais
 de início meioe
 fim.
 Depoi?
Novo amor. De novo.
amor? Sem tesão
não há solução.  É a "obrigação" natural de rasgar a camisinha e perpetuar o humano, de replicar no calor do momento. Graças a Deus.
e paixão é a droga total, ideal. tri legal.
endorfinas, endorfinas, idéia fixa, planos,
super hiper mega bem estar master plus.
e um dia passa o efeito:
um dia, o outro,
dá defeito!
Passa a validade, mercadoria estragada
sem garantias. Um dia tudo e todos, você, eu e eles, fatalmente, passaremos para o outro lado do véu.



Desaprender a prender,
encarcerar. Desaprender querer
garantir exclusividades
e nunca descobrir que
eramos pequenos demais



desaprender a prender o que não se pode ter

E não mais viver sem o essencial
largando o passado e o futuro pelo caminho
quântico, relativo
é surto de vida na minha alma, de alma na vida ferida e curada, e ferida, e curada a ferida....


é um estar aqui e agora com tudo que é bom
amo
vivo
 estou
sou
perdôo
 sou perdoado
amado
odiado

Ruim? Bom? De acordo com o plano? Maduro?
Não sei.
Mas agora é real.
Ou não. Mas agora,

é aqui




perdoem-me
obrigado por terem tido
a coragem
a loucura
e o amor necessários para
namorar, ficar, mudar, continuar igual, curtir grandes momentos, estragar outros quantos, comemorar, lamentar, aturar, aguentar, esperar, conviver, suportar, rir, brigar, reatar, viver de todas as maneira imagináveis, e não imagináveis, tocar, rezar, planejar, ir, voltar, casar, noivar, divorciar, sonhar, seguir adiante.
desaprender tudo que não serve mais do mundo "adulto".
e aprender finalmente a brincar todos os dias com a verdade de amar a única coisa que vale a pena ser amada; a verdade.
ela não garante a felicidade de ninguém. muito antes pelo contrário.
ela é a coisa mais perigosa que existe amiguinhos.
mas é a única coisa adulta e madura fazer:
amar a verdade e parar com os jogos estratégicos de gente grande.
pois no final das contas
a vida é boa.
e somos todos irmãos. Há milênios.

Namaste

quinta-feira, 2 de junho de 2011

5 coisas sem as quais...

Posso não morrer se passar
uns dias sem comer
uns menos sem beber
muito pouco sem respirar
1 minuto sem sonhar
1 segundo sem esperança

Dois Veríssimos e uma Pasárgada

Antes que acabe o Tempo
o Vento
e a Ilusão tal qual conhecemos
quero um ano com nenhum antes;
ser amigo do rei...
...e da mulher que tiver
na cama que escolherei.
E dias e noites sem fim
de sorrisos e encontros.
E de gentilezas e vinhos
em alcovas alviçareiras
com lânguidas e lúdicas Lascivas lúbricas.
...e do Alto ao Baixo Fender reinarei nessa terra nenhuma;
para gozar de todas as prerrogativas possíveis e impossíveis.
Ou senão, também,
foda-se